quarta-feira, 24 de junho de 2015

AMOR É AMOR

Amor Ágape, amor Eros, amor de irmãos, amor de pai, de mãe, de amigo, de amante. A gente fala muito e repete muito que tem muitos tipos de amor. Acredito que existam muitas formas de amar, mas amor é amor. O sentimento é sempre o mesmo, o que muda é o que desejamos fazer com ele, de que forma escolhemos manifestá-lo, experimentá-lo, direcioná-lo.

Amor Eros? Talvez seja um nome mais polido para tesão, que pode fazer parte (ou não) da forma como você expressa e experimenta o amor, mas que não é amor. Da mesma forma que o nosso desejo ou a nossa necessidade de posse sobre uma pessoa também não é amor. Da mesma forma que a vontade de contato físico não é amor. Da mesma forma que a dependência emocional de alguém não é amor.

Em todas as formas de expressar e experimentar aquilo que chamamos de amor, muitas vezes está apenas o reflexo das nossas doenças emocionais. Pais e mães que chamam de amor sua necessidade de controle ou sentimento de posse sobre os filhos, irmãos que chamam de amor sua disputa por aprovação, amantes que chamam de amor a necessidade por tapar o buraco existencial com a energia do outro ou a carência, escravos sexuais que chamam de amor o uso do corpo do outro para a satisfação de suas compulsões.

O que é amor, então? Amor é amor. É aquilo que você sente quando olha para alguém e tudo o que você deseja é que aquele ser exista, e você agradece porque ele existe e admira sua existência. Não reclama porque ele não foi feito sob medida para suas preferências e suas lacunas, não acha o fim do mundo que ele ame outras pessoas, não precisa que ele seja diferente, não necessita consumi-lo até esgotá-lo. Você simplesmente agradece porque ele é e está, e não deseja que ele esteja lá PARA você, mas deseja estar lá COM ele. E só deseja a ele tudo o que ele deseja para si mesmo.

Abençoados sejam!

Lara Félix