Tem o famoso “cagando e andando” de quem faz burradas, comete erros e não se importa com isso, e essa, como todas as moedas, tem seus dois lados. Por um lado é muito construtivo “cagar e andar” no sentido de não se importar em errar, de não ter orgulho o suficiente para ter medo ou vergonha de errar porque isso faz parte da vida, e continuar caminhando mesmo assim, sem se impor travas, buscando novas experiências e novos lugares. Maravilhoso.
Por outro lado, “cagar e andar” também pode significar que não nos importamos em nada com nossas falhas e não nos preocupamos em reavaliar nossas ações, aprender com nossos erros, buscar novas alternativas, e não estamos dispostos a crescer com nossas experiências. Cagamos, andamos e deixamos feder no nariz de quem estiver por ali, sem reservas.
Tem também um outro “cagando e andando”, que é o que eu mais uso, que se aplica no sentido de que estarmos “cagando de medo” não nos impede de superar, de prosseguir, de tentar, de experimentar, e continuamos caminhando apesar do medo, das inseguranças, das incertezas. Não nos deixamos paralisar diante das circunstâncias adversas ou intimidar diante do futuro. Admito que, das filosofias da vaca, essa é a minha preferida...
Tem aqueles que vivem “cagando e andando” no sentido de estarem sempre parando para depositar algo seu e partindo, deixando ali apenas uma idéia, um campo fértil, um sentimento, uma lembrança, uma lição. São pérolas-vaca, que passam e fazem as coisas germinarem. Às vezes um alimento, às vezes uma erva daninha que incomoda, mas sempre fazem a gente parar para observar o terreno da nossa vida com mais atenção.
De qualquer forma, cocô de vaca é fertilizante e, assim como ele, nossas cagadas também fertilizam nossos conhecimentos, nossa sabedoria, nossa experiência, nossa história, e podem gerar flores e alimento para nosso espírito se pararmos para perceber. Assim, “cagar e andar” errando e aceitando errar, “cagar e andar” sentindo medo e aceitando enfrentar, fortalece e enriquece nosso espírito, traz crescimento, faz a vida prosperar e abrir novos espaços. Principalmente quando a gente escolhe conscientemente “cagar e andar” da forma mais produtiva e desafiadora para nós.
E vamos lá, atravessar 2015 cagando e andando de todas as formas positivas que encontrarmos.
De qualquer forma, cocô de vaca é fertilizante e, assim como ele, nossas cagadas também fertilizam nossos conhecimentos, nossa sabedoria, nossa experiência, nossa história, e podem gerar flores e alimento para nosso espírito se pararmos para perceber. Assim, “cagar e andar” errando e aceitando errar, “cagar e andar” sentindo medo e aceitando enfrentar, fortalece e enriquece nosso espírito, traz crescimento, faz a vida prosperar e abrir novos espaços. Principalmente quando a gente escolhe conscientemente “cagar e andar” da forma mais produtiva e desafiadora para nós.
E vamos lá, atravessar 2015 cagando e andando de todas as formas positivas que encontrarmos.
Abençoados sejam!
Corvo Negro
Corvo Negro
Amo o seu pensar espirituoso. bjks Marcia Magalhaes
ResponderExcluirPerfeito Xamã que reflexão para nosso Ano que está começando Gratidão e Benções plenas.
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